PRÁTICAS PARA REDUÇÃO DO USO DE AGROTÓXICOS

Por meio de controle e planejamento, é possível diminuir os impactos desses produtos no meio ambiente.

O Agronegócio tem desenvolvido cada vez mais estudos e pesquisas para potencializar a produção de alimentos ao redor do mundo e, o uso de agrotóxicos tem sido fundamental para garantir os altos índices de produtividade. Porém, a aplicação de químicos na lavoura pode trazer sérios problemas à natureza quando realizada de maneira demasiada e sem qualquer tipo de controle ou planejamento. Além disso, o uso excessivo desses produtos também pode acarretar outro problema: a resistência de pragas contra os pesticidas. Para evitar dores de cabeça, o engenheiro ambiental Breno Marques explica algumas práticas que podem contribuir para a redução do uso desses produtos.

Manejo Integrado de pragas
Conhecido também como (MIP), o Manejo Integrado de Pragas e Doenças, é caracterizado por um conjunto de práticas que além de proporcionar o controle de pragas de maneira sustentável, também reduz as aplicações de agrotóxicos. De acordo com o engenheiro ambiental Breno Marques, o MIP é constituído por Diagnose ou avaliação do agro ecossistema, tomada de decisão e a seleção dos métodos de controle. Na diagnose identifica-se as pragas e seus inimigos naturais. Em seguida, na tomada de decisão se discute o uso ou não de métodos artificiais de controle. E, por último, os métodos são selecionados com base em parâmetros técnicos como eficiência, economia, preservação e adaptação do ambiente. “É um sistema racional de controle de pragas na agricultura, com a utilização mínima de agroquímicos. Com ele, é possível amenizar problemas de contaminação do ambiente, diminuir taxas de resíduos nos alimentos e consequentemente melhora a qualidade de vida do produtor e do consumidor”.

Sistema de plantio direto
O sistema de plantio abrange aspectos que vão desde a semeadura até o controle fitossanitário da lavoura. Esse tipo de controle cultural como a rotação de culturas tem sido uma das principais estratégias para reduzir a frequência do controle químico. O engenheiro ambiental Breno Marques explica que as sementes são semeadas por meio de semeadora especial sobre a palhada de culturas do cultivo anterior ou de culturas de cobertura produzidas no local para esse fim é uma opção devido a economia de insumos e possibilita melhor ciclagem de nutrientes no solo. “Esse método proporciona melhor cobertura do solo, mantém a umidade em profundidade, contribui para a manutenção da matéria orgânica no solo durante entressafras, é, hoje, amplamente difundido no Brasil como o método de sistema de manejo solo mais adequado para as condições edafoclimáticas do nosso país”, destaca

Controle biológico
O controle biológico é caracterizado com o uso de organismos vivos para suprimir a população de uma praga específica e resume-se em três partes: Na primeira, é o levantamento e coleta de inimigos naturais no ambiente. Na segunda, são desenvolvidos processos de isolamento, identificação, caracterização e avaliação da sua eficiência como agentes de controle biológico. E, na terceira etapa, são desenvolvidos produtos à base de agentes de controle biológico, cuja eficiência em campo e segurança biológica são avaliadas. Em muitos casos, esses estudos são realizados em parceria com outras instituições públicas e privadas e envolvem também ações de manejo do agro ecossistema de modo a favorecer os inimigos naturais ali existentes.

Tecnologias de aplicação de agrotóxicos
Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), quase metade das aplicações de agrotóxicos são perdidas por erros cometidos durante a aplicação. Além do prejuízo na aquisição do produto, o agricultor acaba por não proporcionar um controle adequado das pragas, sendo necessário mais aplicações. De acordo com Breno, o uso de tecnologias possibilita racionalizar e reduzir o uso desses insumos. Ele destaca ainda que a agricultura de precisão, por exemplo, é uma tecnologia moderna para o manejo do solo, dos insumos, e das culturas, de modo adequado e considerando as variações espaciais e temporais dos fatores que afetam a produtividade, com uso intensivo de tecnologias de informática e equipamentos mecânicos modernos. “Como no Brasil há um grande foco na aplicação de fertilizantes e corretivos em taxa variável faz se importante o uso desse tipo de tecnologia para o manejo da fertilidade do solo por meio do gerenciamento da sua correção e adubação com base apenas em amostragem georreferenciada do solo”, finaliza.

Por BM Consultoria Ambiental

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